Em carta, governadores criticam agressões e mentiras após morte de soldado em Salvador
Deputada Bia Kicis fez uma publicação nas redes sociais chamando o policial de herói e afirmando que ele foi morto por se recusar a prender trabalhadores; SSP disse que homem estava em surto
Governadores emitiram uma carta nesta segunda-feira, 29, manifestando indignação com a crescente onda de fake news e agressões. No comunicado, 16 representantes estaduais disseram que, “em meio aos esforços dos governadores e servidores públicos, agentes políticos espalham mentiras sobre verbas jamais repassadas e fomentam a manipulação de policiais contra a ordem democrática”. A nota diz ainda que “os Estados e todos os agentes precisam de paz para prosseguir com o trabalho, salvando vidas e empregos”.
Eles frisam que estimular motins policiais, divulgar fake news, agredir governadores e adversários políticos são procedimentos repugnantes, que não podem prosperar em um país livre e democrático. A carta foi emitida após o episódio deste domingo, 28, em que um policial foi baleado depois de dar tiros para cima e contra outros PMs, na cidade de Salvador. A deputada Bia Kicis, presidente da CCJ, fez uma publicação nas redes sociais chamando o policial de herói, afirmando que ele foi morto por se recusar a prender trabalhadores e pediu a investigação do caso.
No entanto, segundo a Secretaria de Segurança Pública, o policial apresentava descontrole emocional quando começou a efetuar disparos. A presidente da CCJ apagou a publicação e, em um novo post, disse que foi informada que o PM teve um surto e afirmou ter removido a publicação reiterando que aguardava as investigações. O governador da Bahia, Rui Costa, disse que a propagação de fake news tem crescido no país desde 2018 e que governadores têm sido atacados. Ele lamentou o episódio deste domingo, prestou condolências à família do PM morto e se solidarizou com a atuação dos outros policiais.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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