Em CPI, curador da mostra Queermuseu critica acusações de pedofilia e zoofilia

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2017 06h20 - Atualizado em 24/11/2017 11h04
Reprodução/Facebook Gaudêncio Fidélis depôs na CPI dos Maus Tratos, que procura investigar casos e crimes relacionados a maus-tratos a crianças e adolescentes

O curador da exposição Queermuseu, Gaudêncio Fidélis, prestou depoimento nesta quinta-feira (23) no Senado.

A mostra patrocinada pelo banco Santander, e exibida em Porto Alegre, foi acusada de pedofilia, zoofilia e utilização de figuras cristãs em contexto sexual. Com a repercussão, o banco retirou a exposição, o que também causou críticas no meio artístico.

Gaudêncio Fidélis depôs na CPI dos Maus Tratos, que procura investigar casos e crimes relacionados a maus-tratos a crianças e adolescentes.

O curador considerou as acusações de pedofilia e zoofilias como difamatórias e disse que elas foram dirigidas a apenas cinco das 263 obras da exposição. Na visão de Fidélis, houve uma tentativa de censura e criminalização da arte: “acho que agora estamos conseguindo impedir que isso cresça, que é o processo de criminalização da produção artística

Na sessão, a CPI também discutiu a questão da classificação etária para exposições ou apresentações ao vivo, que são abertas ao público. A sugestão foi do procurador Fernando de Almeida Martins, que também depôs no colegiado.

A ideia é defendida pelo presidente da CPI, o senador Magno Malta (PR): não estamos falando de censura, até porque arte é arte. Nosso foco é a criança. Nossa questão é tinha indicação?”.

A CPI dos Maus Tratos também ouviu Luiz Camilo Osório, curador da exposição “Brasil por Multiplicação”, que trazia uma criança interagindo com um artista nu. Ele defendeu a obra, dizendo que ela não tinha conotação sexual.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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