Em crise, Argentina limita compra de dólares

  • Por Jovem Pan
  • 02/09/2019 07h12 - Atualizado em 02/09/2019 10h07
EFE EFE/David Fernández Na semana passada, Macri renegociou dívidas do país com o FMI

O governo da Argentina autorizou o Banco Central a impor limites no mercado de câmbio do país. A partir desta segunda-feira (2), será fixado um teto de US$ 10 mil por mês para compra e transferência da moeda norte-americana por pessoas físicas.

As empresas não sofreram restrições para importação ou pagamento de dívidas no vencimento, mas não poderão comprar dólares para manter em Tesouraria. Já os exportadores terão que vender moedas vindas de operações no comércio exterior no mercado local. Essas vendas deverão acontecer em no máximo cinco dias úteis após a cobrança ou 180 dias após a permissão de embarque.

A medida é uma tentativa de estabilizar a economia do país, após os resultados das eleições primárias no dia 11 de agosto. Na ocasião, o atual presidente, Mauricio Macri, foi derrotado pelo candidato peronista de centro-esquerda, Alberto Fernández.

O resultado causou temores no mercado sobre um possível retorno às políticas intervencionistas da ex-presidente Cristina Kirchner, que é vice na chapa de Fernández.

Além disso, o anúncio de um plano para alongar a dívida externa argentina também repercutiu nos mercados e ocasionou rebaixamento da nota de crédito do país por agências de risco.

*Com informações da repórter Larissa Coelho

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