Em discurso inflamado no plenário do Senado, Jucá critica imprensa e Janot
Antes de voar para São Paulo e se internar para o tratamento de uma diverticulite, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá, fez um discurso inflamado no plenário, reclamando de veículos de comunicação e da opinião pública.
A turba, segundo ele, lembra Pôncio Pilatos, que seguiu a turba e errou ao liberar Barrabas em vez de Jesus. Ele chamou o espírito de corpo da Casa, fez duras críticas a Rodrigo Janot e disse que ele queria o terceiro mandato na Procuradoria-Geral para se candidatar à Presidência da República.
O esforço do líder do Governo, Romero Jucá, parou os senadores antes mesmo do início do debate sobre o afastamento de Aécio Neves. Para Jucá, o medo está diminuindo o Senado: “a organização criminosa do Janot está caindo por terra. Era para pegar o PMDB, o PSDB. Era um atentado contra política, contra a democracia, contra a economia, contra o povo desse País, pobre povo, que antes da novela é envenenado todos os dias. Mas mesmo assim, cabe a nós lutar por isso, mesmo contra a correnteza, não tenho medo”.
O senador Fernando Collor engrossou as críticas contra Rodrigo Janot e disse que a disputa entre os Poderes reduziu o Senado: “o Senado começou a se despir de suas prerrogativas quando no julgamento do senador Delcídio do Amaral, preso de forma arbitrária e em conflito com o que está dito na nossa Constituição, este Senado votou pela continuidade da prisão, se acovardou, do mesmo jeito agora”.
Os senadores pararam para ouvir Jucá, que perguntou quantas fraturas expostas serão necessárias para a Casa se posicionar e lamentou que quando ele, José Sarney e Renan Calheiros foram denunciados no Supremo, não houve defesa do Senado.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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