Em resposta às ameaças de Trump, Maduro convoca exercícios militares na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 15/08/2017 08h22 - Atualizado em 15/08/2017 14h17
EFE Os exercícios militares foram anunciados por Nicolás Maduro no mesmo dia em que o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitou venezuelanos que fugiram para a Colômbia

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou nesta segunda-feira (14) a realização de exercícios militares, em reação à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que na última sexta-feira afirmou que considera “muitas opções” para resolver os problemas do país latino-americano, entre elas uma opção militar.

O anúncio de Maduro foi realizado durante uma marcha nomeada de “anti-imperialista”, convocada pelo governo chavista em Caracas.

Maduro informou ter dado ordem ao Estado Maior das Forças Armadas para preparar um exercício nacional, civil e militar de defesa total e armada da Pátria venezuelana. Segundo o chavista, a ação será realizada nos dias 26 e 27 de agosto, em todo o território venezuelano.

Apesar da seriedade do anúncio e do tom agressivo das críticas contra os Estados Unidos, Maduro usou de um recurso recorrente em seus discursos, repetindo a frase de uma das principais criações do dramaturgo mexicano Roberto Gómez Bolaños, o herói fictício Chapolin Colorado, para atacar o governo de Donald Trump.

Os exercícios militares foram anunciados por Nicolás Maduro no mesmo dia em que o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, visitou venezuelanos que fugiram para a Colômbia.

Pence ressaltou que os Estados Unidos não vão tolerar um colapso da Venezuela em direção a uma ditadura.

No Brasil, dois temas relacionados à Venezuela estarão na pauta do Senado nesta terça-feira. Um levantado pelo senador Ricardo Ferraço, do PSDB, que pede voto de censura ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e outro requerimento feito pelo senador Jorge Viana, do PT, que pede a criação de uma comissão externa para viajar a Caracas a fim de “buscar soluções pacíficas a Venezuela”.

*Informações do repórter Matheus Meirelles

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