Em São Paulo, venezuelanos enfrentam dificuldades para conseguir emprego
Desde abril, 180 venezuelanos fazem parte do programa de interiorização de imigrantes e tentam se acostumar às regras do novo lar, o Centro Temporário de Acolhimento de São Mateus, em Sapopemba, zona leste de São Paulo.
Longe do centro da cidade e da família, os imigrantes têm dificuldades de encontrar um emprego no Brasil e reconstruir a vida. Até agora apenas 60 dos 179 refugiados conseguiram uma fonte de renda.
Há um ano no Brasil, Ilan Garcia, de 24 anos, faz cursos de português fornecidos pelo programa da Prefeitura para, quem sabe, conseguir um emprego e mandar dinheiro para os seus familiares na Venezuela.
O CTA São Mateus era ocupado por moradores de rua antes da chegada dos venezuelanos. No local eles recebem três refeições diárias, têm camas individuais em quartos coletivos, lavanderia e banheiro.
Só que para conseguirem um tão sonhado emprego, os refugiados precisam sair do CTA. Sem direito a transporte público, eles se deslocam a pé ou quando encontram uma carona.
A cerca de 10 minutos do centro de acolhimento, encontramos o venezuelano Lisandro Garcia de 21 anos. Antes de ser mandado para SP ele morou três meses em Boa Vista, Roraima e não guarda boas recordações daquele tempo. Há seis meses em SP, Lisandro mora com a mulher em um puxadinho alugado em Sapopemba. Fazendo amizades, ele conseguiu trabalho como barman numa casa noturna.
De acordo com a prefeitura de São Paulo, até o fim deste ano, a cidade vai acolher um total de 300 imigrantes venezuelanos que assim como nós brasileiros, terão que correr atrás de emprego e uma vida melhor.
*Informações da repórter Victor Moraes
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