Em sua última semana na PGR, Janot deve apresentar nova denúncia contra Temer
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, só tem mais sete dias de mandato. Na segunda-feira da semana que vem (18), assume no lugar dele a subprocuradora Raquel Dodge. Mas a expectativa é que o ainda chefe do Ministério Público faça muito nessa reta final.
O ato final de Janot deve ser a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, por obstrução de justiça. É possível que a peça utilize relatos de até sete delações premiadas diferentes. O procurador-geral quer que a acusação seja o mais consistente possível, até para a própria imagem, arranhada após os escândalos envolvendo as delações da JBS.
Essa não deve ser a única denúncia contra o PMDB. Depois de denunciar a cúpula do partido no Senado por organização criminosa, nesta semana pode ser a vez dos deputados. Mas, ao mesmo tempo em que lança as últimas flechadas, Rodrigo Janot também deve sofrer alguns contra-ataques.
Na recém-instalada CPI Mista da JBS, parlamentares de partidos atingidos pelo procurador-geral vão questionar a atuação dele e até convocá-lo a depor depois que ele deixar o cargo. E o PMDB ganhou um reforço na causa: após as denúncias contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, na semana passada, membros do PT reforçarão as críticas a Janot.
*Informações do repórter Levy Guimarães
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