Em “ultimato”, Temer diz a líderes que votação na CCJ definirá quem é ou não do Governo
O tom agressivo de Michel Temer chamou a atenção. Ele disse aos líderes que a votação para a autorização ou não da abertura do processo contra ele no Supremo Tribunal Federal será definitiva para definir quem é ou não do Governo.
Vai sobrar para os tucanos, que ocupam 4 importantes Ministérios e mais de 1500 cargos federais nos Estados. Nove integrantes da Comissão de Constituição e Justiça foram substituídos por deputados de confiança, que votarão com o Governo, e, aí, o quadro mudou.
Até críticos de Temer admitem que, se não houver uma pressão pesada da opinião pública, o Governo ganha na CCJ.
Os governistas ficaram surpresos com a profundidade do relatório de Sergio Zveiter, do PMDB. Ele disse que a abertura do processo no STF seria proteção à sociedade e um espaço de defesa de Temer.
O relatório apresentado pede a abertura do processo, e o presidente da comissão, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), abriu duas sessões de prazo. O debate será retomado na quarta-feira. A expectativa é de votação da autorização do processo contra o presidente na sexta-feira (14), ainda na fase de comissão. Mas há dificuldades para conseguir os 342 votos necessários no plenário da Câmara para a abertura do processo.
*Informações do repórter José Maria Trindade
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