Embaixada da Ucrânia no Brasil cria conta para receber doações
Valor arrecado será enviada às cidades mais afetadas pela invasão; autoridades ucranianas reforçam o pedido de ajuda humanitária, que inclui o envio de medicamentos e comida
A embaixada da Ucrânia aqui no Brasil abriu uma conta para receber doações. O encarregado de negócios confirmou que a ajuda vai ser encaminhada para as pessoas que estão em cidades afetadas pela guerra. “Queria dizer também que a embaixada da Ucrânia abriu uma conta especial para arrecadar dinheiro para ajudar a população”, informou Anatoliy Tkach. As autoridades ucranianas reforçam o pedido de ajuda humanitária, que inclui o envio de medicamentos e comida. O principal esforço neste momento é a abertura dos corredores humanos para retirada de civis que estão na região de conflito. Nesta sexta-feira, 18, o presidente russo Vladimir Putin fez um discurso sobre a guerra para apoiadores e funcionários do governo. Putin disse que a Rússia “nunca esteve tão forte”. Mas, na avaliação do diplomata ucraniano no Brasil, Putin está querendo demonstrar algo que não existe.
“Na prática, não existe. Nós sabemos que o exército foi parado, que os soldados estavam desmoralizados, que cada vez mais e mais soldados se recusam ir ou participar dos combates e estar roubando dos civis na Ucrânia. Depois do fim da guerra, eu acredito que a maioria das pessoas vão voltar para a Ucrânia. Não só para reconstruir o país, mas também para reunir as famílias, porque as pessoas que saíram são principalmente as mulheres que crianças”, apontou. Anatoliy Tkach avaliou que a Rússia ainda não atingiu os objetivos militares e disse que, diante dos problemas logísticos, soldados russos começaram a roubar a população civil e comboios humanitários. Tkach defendeu que a Rússia precisa ser parada para que o conflito não se estenda para outras regiões. “Se a Rússia não o for parada e punida agora, outros agressores no mundo podem começar outras vidas em outras regiões, outros continentes. Precisamos agir agora para que as potências agressoras vejam que a guerra não é um benefício, mas uma perda”, completou.
*Com informações da repórter Iasmin Costa
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