Empresário envolvido em tiroteio entre policiais civis de SP e MG depõe à Corregedoria da Polícia

  • Por Jovem Pan
  • 23/10/2018 08h57
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Reprodução/TV Globo Segundo as investigações, Flávio de Souza Guimarães contratou policiais para fazerem uma “escolta vip” para que ele pudesse trocar dólares ilegalmente em Juiz de Fora

O empresário envolvido no tiroteio entre policiais civis de São Paulo e de Minas Gerais se apresentou à Corregedoria da Polícia Civil paulistana. Flávio de Souza Guimarães prestou depoimento na tarde desta segunda-feira (22).

Ele negou a posse dos dólares e afirmou que foi para Juiz de Fora negociar empréstimos para a empresa dele. O empresário disse que não presenciou o tiroteio e que não tinha como explicar as circunstâncias da morte do policial.

Segundo as investigações, Flávio de Souza Guimarães contratou policiais para fazerem uma “escolta vip” para que ele pudesse trocar dólares ilegalmente em Juiz de Fora. O empresário foi de São Paulo para a cidade mineira na sexta-feira, com 12 pessoas, entre elas nove policiais civis e o dono de uma empresa de segurança.

A troca de dólares por reais seria com o empresário Antônio Vilela, que também estaria sendo escoltado, por policiais mineiros.

O encontro foi no estacionamento de um hospital particular, e o tiroteio teria começado após ser detectado que o dinheiro, equivalente a R$ 14 milhões, era falso. A troca de tiros resultou na morte de um policial mineiro e outras duas pessoas ficaram feridas.

Quatro policiais civis de São Paulo foram presos em Minas Gerais, por lavagem de dinheiro. Dois deles são delegados, e os outros dois investigadores. Outros cinco voltaram para São Paulo, prestaram depoimentos e foram liberados.

Os policiais de Minas Gerais foram autuados pelo crime de prevaricação, mas não foram presos. Apontado como doleiro e responsável pelos R$ 14 milhões falsos, Antônio Vilela, teve a prisão confirmada pelo crime de estelionato.

Após ter alta do Hospital Monte Sinai, ele deu entrada no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional, de Juiz de Fora.

O dono da empresa de segurança, Jerônimo da Silva Leal Júnior, teve a prisão por homicídio confirmada na audiência de custódia. Ele segue internado em estado grave na UTI do Hospital Monte Sinai com acompanhamento da Central de Escolta da cidade.

As circunstâncias da ocorrência policial estão sendo investigadas em procedimento administrativo instaurado pela Polícia Civil de Minas Gerais.

*Informações da repórter Natacha Mazzaro

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