Empresários criticam mudanças nas regras do vale-transporte na capital paulista
O trabalhador que usa o VT passou a fazer no máximo duas viagens no período de três horas
Empresários questionam mudanças no vale-transporte na cidade de São Paulo e dizem que a medida está aumentando os custos, tanto para empregados quanto para os próprios patrões. As mudanças nas regras da integração começaram a valer no dia 1º de março.
Com a medida, o trabalhador que usa o VT passou a fazer no máximo duas viagens no período de três horas. Antes, o sistema permitia até quatro viagens em duas horas. Além disso, também foi estabelecido o valor de R$ 4,57 de tarifa para o vale-transporte, valor superior aos R$ 4,30 da passagem comum.
Para o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo, é fundamental que ocorra uma negociação entre a Prefeitura e o setor produtivo.
O presidente do Sincovaga, Álvaro Furtado, reconheceu que existem dificuldades em relação aos subsídios no transporte, mas é contra a transferência integral do “ônus” para trabalhadores e empresas.
No final de março, o Tribunal de Justiça de São Paulo expediu liminar, a pedido do vereador Alfredinho (PT), suspendendo o efeito das alterações.
Em nota, o procurador-geral do município, Guilherme Bueno de Camargo, afirmou que “a referida decisão jamais poderia beneficiar todos os usuários do vale-transporte”. Desta forma, a Procuradoria-Geral do Município entendeu que a liminar beneficia apenas o parlamentar e outros três usuários, que também assinaram a petição. A Prefeitura recorreu e ainda aguarda uma decisão do TJ.
Segundo a Secretaria de Mobilidade e Transportes da capital, as mudanças que são alvo de questionamentos afetam cerca de 120 mil passageiros, que são principalmente das regiões mais distantes do centro da cidade.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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