Empresários, Denatran e PRF defendem placas de veículos no padrão Mercosul
Impasse sobre placas de veículos no padrão Mercosul preocupa parlamentares. O assunto foi tema de reunião da Comissão de Viação e Transportes, em Brasília, nesta semana. Há resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicada em março deste ano, que estabelece o novo modelo com 4 letras e 3 números sem ordem fixa, exceto o último dígito, reservado para número visando esquemas de rodízio nas grandes cidades.
As placas também teriam código digital e chip de identificação. Tal medida, por exemplo, visa evitar o alto índice de roubos e furtos de veículos, que passa a barreira dos 550 mil casos por ano, como explicou na reunião Antoniel de Lima, representante da Polícia Rodoviária Federal.
Mas até o momento o tema é nebuloso e cheio de discussões. O Estado do Rio de Janeiro começou a fazer a mudança das placas, mas em outubro, uma liminar da Justiça fez com que o Contran suspendesse a implementação da resolução.
Em novembro, as novas regras voltaram a valer, mas ainda há impasse sobre a insegurança jurídica com tanto vai e vem. E isso preocupa as categorias que atuam na fabricação das placas, como questionou Andrea Lenz, representante da Federação Brasileira de Identificação Veicular, a Febraive.
O setor aponta que muitos investimentos foram feitos para adequar a produção das placas ao padrão do Mercosul, mas até agora os empresários só amargam prejuízos. Os deputados presentes à reunião concordam que o novo sistema traz mais segurança, mas veem que ainda não está pronto para entrar em operação.
A comissão da Câmara aprovou pedido para que o Conselho Nacional de Trânsito adie a vigência da mudança das placas por seis meses até que sejam esclarecidas as dúvidas sobre o novo sistema.
*Informações do repórter Fernando Martins
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