Empresas sairão melhores, diz Ricupero após Odebrecht criar conselho contra corrupção

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2017 09h28 - Atualizado em 16/10/2017 09h28
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Divulgação Divulgação “Não tenho dúvida que todo esse esforço da Lava Jato, as empresas brasileiras sairão melhores que antes", diz Ricupero

A Odebrecht criou um conselho global com famosos executivos e pesquisadores de ética e sustentabilidade nos negócios como forma de anunciar que a corrupção é página virada. Fazem parte do conselho o ex-presidente da Transparência Internacional Jermyn Brooks, o ex-presidente da Shell Marky Mood-Stuart e a professora da escola de negócios de Harvard Lynn Paine.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o jurista Rubens Ricupero ressaltou que as empresas afetadas pelas investigações da Operação Lava Jato estão procurando se recriar adotando padrões de conformidade.

“Não tenho dúvida que todo esse esforço da Lava Jato, as empresas brasileiras sairão melhores que antes. Minha dúvida não é quanto às empresas, mas ao sistema política. As empresas usavam recursos para subornar o Governo, mas o Governo tinha hábito arraigado de extorquir as empresas”, disse.

Entretanto, para o ex-diplomata, o Congresso não passou nenhuma legislação que acolha as lições do que foi encontrado com a Lava Jato. “Para mim, o futuro do Brasil nessa matéria ainda tem ponto de interrogação. Sou muito pessimista em relação ao futuro do sistema político e dificuldade em se auto reformar”, disse.

Cenário brasileiro

No que diz respeito às questões pendentes hoje no País, Ricupero admite que a situação quanto ao afastamento de Aécio Neves e a segunda denúncia contra Michel Temer deixa o Brasil ainda mergulhado na crise “até o pescoço”.

Cenário mundial

Para Ricupero, a situação na Venezuela é de “relativo equilíbrio de forças”, embora tenha, por exemplo, eleições, ainda é o Governo quem comanda os estados.

Nos Estados Unidos, o jurista e ex-diplomata ressaltou o acordo do Irã e a confusão entre Donald Trump  seu secretário de Estado Rex Tillerson, que se expõem de formas distintas sobre o assunto. “Estamos em um mundo que o principal país do cenário mundial fala com duas vozes. A política dos Estados Unidos é de uma contradição só, do começo ao fim”.

Confira a entrevista completa:

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