Endividamento bate recorde na capital paulista em agosto, diz Fecomercio

Índice passou de 66% para 67,2% no período, o que representa 2,6 milhões de pessoas afetadas por pendências financeiras e acréscimo de 46 mil inadimplentes sobre julho deste ano

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2021 09h36 - Atualizado em 31/08/2021 09h42
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Pixabay Cédulas de real dispostas sobre superfície branca Para manter o consumo, as pessoas usam o cartão de crédito, que é responsável por 80% dos débitos, seguido dos carnês com 18,6%

A taxa de famílias endividadas em São Paulo no mês de agosto passou de 66% para 67,2%, o que representa 2,6 milhões de pessoas afetadas por pendências financeiras, um acréscimo de 46 mil sobre julho deste ano e 446 mil sobre agosto de 2020. Para manter o consumo, as pessoas usam o cartão de crédito, responsável por 80% dos débitos, seguido dos carnês com 18,6%, o maior percentual desde agosto de 2015. O assessor econômico da FecomercioSP, Guilherme Dietze, avalia que sem melhora na economia, inflação e desemprego altos explicam o novo recorde de endividamento. “Principalmente para aquelas famílias com renda mais baixa, porque a inflação está estruturada e dissipada pelos itens do IPCA. Não é somente um item que a pessoa ia substituir, a carne bovina pela suína ou de frango, há aumento por diversos fatores: falta de chuva, aumento das commodities, câmbio lá em cima. São vários fares que tem incentivado no aumento da inflação e impactado nesse orçamento.” Os lares com dívidas em atraso chegam a 750 mil na capital paulista. A inadimplência até recuou em agosto, passando de 19,1% para 18,8%, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da FecomercioSP. No entanto, os cenários político e econômico não indicam melhora no curto prazo e trazem grande preocupação para 2022, um ano de eleições.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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