Enem ganha espaço no acesso ao EAD e representa 28% das matrículas
Os estudantes que prestaram o Enem 2019 já podem começar a contagem regressiva. À partir do dia 17 de janeiro a nota da prova poderá ser checada pelo aplicativo ou pelo site.
Por ser o primeiro do governo Bolsonaro, a expectativa era de que o exame contasse com um postura mais conservadora.
Para a estudante aretha mineiro, a probabilidade se confirmou. Ela declara que o Enem em 2019 estava mais técnico, mas diz que segue confiante em relação ao resultado.
“Eu achei uma prova bem técnica, mas bem conservadora. Foi a primeira vez que não caiu Ditadura Militar das seis vezes que prestei.”
O Exame Nacional do Ensino Médio tem como objetivo garantir vagas em universidades públicas e privadas pelo Brasil. Sendo a última categoria alcançada através de programas específicos — como o Prouni e o Fies.
As principais formas de usar os pontos são: o Sistema de Seleção Unificada, o Sisu; o Programa Universidade para Todos, Prouni; e o Fundo de Financiamento Estudantil, o Fies.
A primeira reúne instituições públicas das quais o candidato deve escolher até duas opções de curso. Ao final, o sistema seleciona os mais bem classificados para ocupar os postos.
Os dois projetos restantes focam em faculdades privadas. O Prouni oferta bolsas integrais ou parciais, dependendo da renda familiar mensal. Já o Fies é um programa de financiamento do valor total do curso, também dependente da renda.
Outra modalidade que está em alta é o Ensino Superior à Distância. Segundo estudos, a prova do governo federal é responsável por 28% dos ingressos no EAD.
Essa porcentagem representa quase do dobro do vestibular agendado, que fisga 16% dos alunos.
O diretor de captação do Centro Universitário Uninter, Mario Henrique Thomé, ressalta o propósito deste método.
“A maior parte das instituições privadas trabalham com programas de mérito com base na nota do Enem. Esse é o objetivo, proporcionar acessibilidade à Educação em um país tão desigual e injusto como o Brasil.”
Informações do Inep apontam que universidades particulares ainda contam com 61% dos estudantes matriculados à partir do vestibular tradicional.
No entanto, dados mostram que, de 3,8 mil pessoas que irão iniciar os estudos nos próximos doze meses, 52% utilizarão o Enem para fim de bolsas e descontos — fator que pode aumentar a procura pelo ensino a distância através da avaliação.
*Com informações da repórter Beatriz Carapeto
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