Entidade da ONU avalia que restauração do Museu Nacional deve demorar, pelo menos, 10 anos

  • Por Jovem Pan
  • 19/09/2018 08h21
EFE A ideia da Unesco é também criar uma cultura de prevenção de risco no mundo todo, para se evitar desastres como o incêndio no Museu Nacional

A Unesco ajuda as autoridades brasileiras na recuperação do Museu Nacional, após o incêndio que destruiu grande parte do acervo, e estima que a restauração demore 10 anos.

A missão de emergência da entidade vinculada à ONU iniciou o processo de reconstrução no Rio de Janeiro, mas a área na Quinta da Boa Vista ainda está interditada pela Defesa Civil. Inicialmente, a atuação dos especialistas será para resgatar objetos que possam ter resistido ao incêndio, estabelecer a segurança do acervo, preservar o edifício e cobrir o imóvel para evitar mais danos com intempéries.

O integrante da missão, José Luiz Pedersoli Junior, explicou que, apesar de se tratar de patrimônio único e sem reposição, existem possibilidades de se recuperar alguns itens com doação de outros museus e tecnologias avançadas: “primeiro resgatar, depois aquilo que foi perdido e puder ser reposto de alguma forma, e por último o aspecto das novas tecnologias o que não for possível recuperar é última opção reconstruir parcialmente item que se danou”.

José Luiz Pedersoli Junior é gestor do Centro Internacional de Estudos para a Conservação e Restauro de Bens Culturais na Itália. Além dele, a força-tarefa também é formada por dois especialistas alemães que tiveram que atuar em uma perda de patrimônio histórico em Colônia.

Quem lidera a missão é a italiana Cristina Menegazzi, responsável pelo programa de salvaguarda de emergência do patrimônio Cultural Sírio.

A ideia da Unesco é também criar uma cultura de prevenção de risco no mundo todo, para se evitar desastres como o incêndio no Museu Nacional.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro escolheu a empresa Concrejato para fazer as obras emergenciais no museu. A primeira fase da obra vai utilizar parte dos R$ 10 milhões anunciados pelo Ministério da Educação, e inclui a instalação do telhado de proteção. O início dos trabalhos é imediato.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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