Entidades de classe defendem lista tríplice para escolha de delegado-geral da Polícia Civil de SP
Entidades de classe dos Delegados de Polícia de São Paulo querem escolher o novo delegado-geral da Polícia Civil paulista.
O pleito vem do Sindicato e da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, que elaboraram edital para a formação de uma lista tríplice para a indicação, como é feito para outros órgãos, como o Ministério Público e a USP.
O edital foi publicado no Diário Oficial do Estado no início do mês e prevê que haja mais autonomia dos profissionais na indicação.
Com a lista tríplice, os delegados da ativa votarão em três nomes considerados aptos ao cargo de chefe máximo da polícia judiciária paulista. Daí, os nomes seguem para o Palácio dos Bandeirantes e o governador de São Paulo poderá escolher um deles.
Atualmente, a escolha do delegado-geral se dá por indicação direta do governador.
Raquel Galinatti, presidente do Sindicato dos Delegados, disse que esse é um pleito antigo da categoria e que deve ser levado em conta pelo futuro governador de São Paulo: “estamos vivenciando um momento delicado na democracia do Brasil. O fato de o próximo governador respeitar essa lista significa exercer de forma mais ampla a democracia”.
Marcos Carneiro, ex-delegado-geral da polícia paulista, concordou que esse é um anseio dos delegados, mas reforçou que não há previsão legal para o ato. Para o ex-delegado, são necessárias outras ações para melhorar o trabalho na prática, incluindo integração com a Polícia Militar: “antes dessa questão acho que tem outras muito mais prementes”.
No Estado de São Paulo, há 136 delegados de classe especial elegíveis, que preenchem o requisito por estarem no mais alto grau de hierarquia da carreira. A lista tríplice, depois da votação eletrônica, tem previsão para ser divulgada no início de outubro.
*Informações do repórter Fernando Martins
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