Entidades defendem recriação do Ministério da Indústria: ‘Não trará custo ao país’
Presidente Jair Bolsonaro prometeu recriar pasta ainda em 2022
O setor industrial defende a retomada do Ministério da Indústria e Comércio Exterior. O pedido foi feito por empresários do ramo ao presidente Jair Bolsonaro tem como objetivo buscar políticas públicas “mais efetivas” para o desenvolvimento industrial do país, explica o presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe. “Temos interlocutores específicos que entendem a realidade da indústria, essa é a grande dificuldade quando está em pacotes maiores, com outras prioridades”, afirmou ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, citando a atual realidade da secretaria da indústria, condicionada ao ministério comandado por Paulo Guedes.
“O Ministério da Economia tem feito um bom trabalho. O problema é que debaixo do ministério foram juntados vários ministérios. Quando se tem muitas prioridades, você na prática não tem nenhuma. Essa é a dificuldade de estar em uma pasta quando se tem outras”, reforçou Flávio Roscoe. Segundo ele, a criação da nova pasta “não trará custo ao país”, uma vez que já existe a secretaria vinculada à Economia. “É como foi no Ministério do Trabalho, só designa um ministro que fica o tempo inteiro com foco naqueles assuntos. E do ponto de vista político, um ministério tem mais poder político do que uma secretaria”, completou. A promessa de recriação da pasta da indústria ainda neste ano foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira, 26, durante evento em Belo Horizonte, Minas Gerais.
“Foi uma solicitação que confesso, já estava um pouco madura, mas agora selou o seu final. Uma vez havendo outra oportunidade, ainda no corrente ano, vai estar nas mãos do Lira a recriação do Ministério da Indústria e Comércio”, afirmou. O ministério foi extinto no início do governo, em 2019. Entre os principais argumentos para a volta é que o setor de comércio, indústria e serviços é um dos grandes responsáveis pela economia do país. “Em termos de PIB e empregos, é mais relevante que a agricultura. Não estou retirando a relevância da agricultura, mas é natural que haja um ministério desses três segmentos”, finalizou.
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