Entrada de ajuda humanitária à Venezuela permanece bloqueada na fronteira com a Colômbia
Os primeiros caminhões com ajuda humanitária para a Venezuela chegaram nesta quinta-feira (07) à fronteira com a Colômbia. Desde o meio da tarde, cerca de dez veículos, com alimentos e remédios, estão na cidade fronteiriça de Cúcuta aguardando a liberação para entrarem em território venezuelano.
Ainda não está definido como será feita a entrega da ajuda vinda dos Estados Unidos. O governo de Nicolás Maduro não aceitou o apoio, argumentando que a doação seria um pretexto para os norte-americanos invadirem o país.
Na quarta-feira (06), militares aliados a Maduro fecharam, com um tanque de combustível e um contêiner, a ponte Tienditas, que liga a Colômbia à Venezuela. Segundo a agência Reuters, o governo dos Estados Unidos “não vai forçar a passagem” e pretende manter a ajuda humanitária na cidade colombiana até que os chavistas retirem o bloqueio.
Uma mãe venezuelana, Andreina Vasquez, contou que ela só tem o que comer porque se alimenta numa cozinha comunitária na Colômbia. Ela faz um apelo a Nicolás Maduro para que ele libere a ajuda humanitária para o país: “o que eu peço ao presidente? Que ele deixe passar a ajuda humanitária, pare de ter birras e pare de temer o petróleo. Só porque ele cuida do óleo, isso significa que teremos que passar fome? Ele está fazendo as coisas do jeito errado. Se ele não gostar, ele deve entregar o poder”.
Nesta quinta-feira, em coletiva em Washington, nos Estados Unidos, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, condenou o bloqueio de ajuda humanitária por parte do regime chavista. Ele ainda disse que, agora, o diálogo do Brasil com a Venezuela acontece por meio dos representantes do presidente interino, Juan Guaidó.
Já o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que vai proibir a viagem aos Estados Unidos de membros da Assembleia Constituinte da Venezuela, órgão controlado por Maduro.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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