Enviado de Biden cobra ‘ações imediatas’ de Bolsonaro sobre o meio ambiente

Americanos veem que presidente brasileiro está mudando o tom, mas seguem com a pressão para enxergarem resultados eficazes

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2021 07h56
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GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente Jair Bolsonaro colocando uma máscara no rosto Grupo de senadores influentes enviou carta a Joe Biden informando que Jair Bolsonaro sabotou o Ibama

O impasse entre os governos brasileiro e americano sobre o meio ambiente continua. A poucos dias da semana da cúpula sobre o clima dos Estados Unidos, um grupo de senadores democratas influentes enviou uma carta ao presidente americano, Joe Biden, informando que Jair Bolsonaro sabotou o Ibama, prejudicando a capacidade de fiscalizar as leis ambientais. O texto, datado do dia 15, diz que Bolsonaro deu sinal verde para os perigosos criminosos que atuam na Amazônia, permitindo que eles expandam muito suas atividades.

Assim, dizem que os Estados Unidos devem impor condições para enviar auxílio ao Brasil. O governo Joe Biden pediu “ações imediatas” e “engajamento com as populações indígenas e sociedade civil”. Os americanos veem que Bolsonaro está mudando o tom, mas seguem com a pressão para enxergarem resultados eficazes. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse que fará todas as ações possíveis para cumprir a meta divulgada em carta para o governo americano de zerar o desmatamento até 2030 no Brasil.

“Nós vamos fazer todas as ações que nós pudermos com o nosso orçamento e nossos recursos. E há um plano apresentado aos EUA, mas que pode ter ajuda não só do governo americano mas de empresas privadas ou governos de outros países, que requerem um bilhão de dólares para que possam ser aumentados. É preciso que haja recursos e dedicação intensos para que isso seja alcançado. É um tema difícil, porque é um território bastante grande. Esse é o tamanho do desafio”, disse Salles.

Ele afirmou que já há um plano para usar o valor de US$ 1 bilhão pedido ao governo americano. Segundo Salles, se todo o recurso vier e for empregado da maneira correta a partir de maio, é possível ter uma previsão de redução do desmatamento entre 30% e 40% em 12 meses. O procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, pediu que a corte determine que a Casa Civil afaste do cargo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sob risco de atrapalhar o andamento das investigações da Polícia Federal sobre desmatamento na Amazônia. Salles nega as acusações.

*Com informações do repórter Fernando Martins 

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