Equipe econômica tenta reverter demissão do presidente do Banco do Brasil
Rumores de que André Brandão deixaria o cargo aumentaram na quarta-feira, 13
A equipe econômica do governo federal trabalha para evitar a demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão. O Palácio do Planalto já vinha insatisfeito com o desempenho do executivo, que na avaliação de alguns membros do governo demonstra falta de compromisso por passar mais tempo em São Paulo do que em Brasília. Os rumores de que ele deixaria o cargo aumentaram na quarta-feira, 13, dois dias após a divulgação de um plano de reestruturação do BB que incluía demissões de funcionários. O presidente Jair Bolsonaro foi pego de surpresa com o anúncio e ficou especialmente incomodado.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, que considera André Brandão preparado para ocupar o cargo entrou em campo para evitar a demissão. O vice-presidente da República afirmou, nesta quinta, 14, que não recebeu nenhuma informação concreta e direta sobre o assunto — mas disse acreditar que o plano de demissão voluntaria foi criado sem o conhecimento de Bolsonaro. Para o general Hamilton Mourão, o programa é desnecessário. Alguns membros do governo até consideram a criação do programa uma boa ideia, já que promove redução de custos para o Banco do Brasil.
Mas é praticamente unanimidade que o momento para adoção da medida foi desastroso — um erro politico, gerado por uma suposta falta de sensibilidade de André Brandão. A avaliação é que o pais passa por uma situação complicada especialmente na área de emprego e que o programa pode ser jogado contra o governo nas negociações para eleição no Congresso que acontece no inicio de fevereiro. Por outro lado, essa possível demissão fez com que as ações do BB caíssem quase 5% na quarta-feira. Por isso, pelo menos por hora, a expectativa é de que ele permaneça no cargo.
*Com informações do repórter Antônio Maldonado
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