Ernesto Araújo explicará ações do Itamaraty para compra de vacinas nesta quarta

Ministro participa de sessão remota da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal

  • Por Jovem Pan
  • 24/03/2021 06h45 - Atualizado em 24/03/2021 10h26
EFE/Joédson Alves Ernesto Araújo é o ministro das Relações Exteriores O objetivo é que Ernesto Araújo forneça informações sobre a atuação da pasta na compra de vacinas contra a Covid-19

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal vai receber, em sessão remota nesta quarta-feira, 24, o ministro das Relações Exteriores. O objetivo é que Ernesto Araújo forneça informações sobre a atuação da pasta na compra de vacinas contra a Covid-19. O requerimento foi feito pelo senador Fabiano Contarato (REDE). Em sessão desta terça-feira, o parlamentar lembrou do alto número de mortes e disse que há mais vidas em jogo. “Cabe a nós, senadores, fazer a sua mea culpa para efetivamente dar uma resposta para a população brasileira e dar efetividade para esse bem jurídico que está sendo violado, tanto por ação quanto por omissão, do chefe do Executivo e dos ministro que passaram durante essa pandemia.”

O imbróglio atinge, por exemplo, as negociações com a vacina russa Sputnik V. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) elencou, em nota oficial, informações ainda não apresentadas pela farmacêutica União Química e pelo Instituto Gamaleya, para concluir o pedido de uso emergencial do imunizante. O impasse ocorre quando o outro lado discorda das condições. O representante da União Química, Miguel Giudicissi Filho, afirmou que vem solicitando o uso emergencial desde dezembro, mas que sempre são exigidos novos documentos. “Ao longo do tempo, o que parece é que nós não estamos entregando documentos, quando não é verdade. Entregamos os documentos e cada vez que entregamos existem novas exigências e nós cumprimos as novas exigências”, disse, afirmando que “o atraso na liberação” fez com que o Brasil “perdesse” 10 milhões de doses que poderiam ter sido adquiridas até março.

Em nota, a Anvisa falou sobre a falta de “aspectos de caracterização, produção e controle de qualidade da vacina”, bem como “a necessidade de se ter acesso aos dados brutos sobre os estudos clínicos da vacina, como é usual na avaliação de vacinas e medicamentos”. Segundo o Ministério da Saúde, a União Química entregará 400 mil doses do imunizante em abril, 2 milhões em maio e 7,6 milhões em junho. Ainda nesta terça-feira, a Anvisa informou que recebeu pedido de autorização do governo federal para importar 20 milhões de doses da vacina Covaxin, fabricada na Índia. Em fevereiro, a pasta da Saúde assinou contrato com o laboratório Bharat Biotech, com previsão para entrega dos imunizantes a partir deste mês.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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