Mesmo com retorno presencial, escolas manterão conteúdo remoto para completar carga horária
Escolas que pretendem retomar as aulas presenciais também vão manter o ensino remoto para complementar a carga horária. De acordo com educadores, mais de 60% das redes públicas do país então trabalhando via internet em meio à pandemia da Covid-19. O corpo docente e os professores, no entanto, admitem que ainda não se sentem preparados e defendem o adiamento da volta.
Em audiência no Congresso, o presidente do Conselho Nacional de Educação, Luiz Roberto Curi, diz esperar uma interação curricular. “O que está sendo reposto em 2020 possa conviver com as novas disciplinas de 2021 em uma interação curricular mais ampla, em um contínuo curricular para não prejudicar o ano letivo de 2021”, afirma. Ele acrescenta que os métodos não presenciais são cada vez mais importantes para o reforço escolar.
O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Luiz Miguel Garcia, considera o ensino remoto limitado e teme um aumento da evasão após a pandemia. “A educação municipal é responsável pela educação infantil. Na educação infantil não se usa educação à distância, você tem uma série que questões a se pensar.”
O secretário estadual de Educação de Sergipe, Josué Modesto, prepara um acompanhamento específico para professores e alunos no retorno. “Um acolhimento social e emocional dos alunos, dos professores quando iniciarmos as atividades presenciais. Segundo uma avaliação diagnóstica, todos têm um certo consenso que temos que aplicar uma avaliação para termos a posição de cada um dos estudantes, quanto cada um aprendeu porque o acesso foi diferenciado.”
Josué defende que os estudantes do ensino médio tenham prioridade para o retorno as aulas presenciais, o objetivo é preparar os alunos para o Enem, adiado para 2021.
*Com informações do repórter Afonso Marangoni
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