Espanhóis vão às urnas neste domingo (28) na eleição mais incerta dos últimos 40 anos
Esta será a terceira vez em menos de quatro anos que os espanhóis vão comparecer às urnas
A Espanha terá a eleição mais incerta dos últimos 40 anos neste domingo (28). Esta será a terceira vez em menos de quatro anos que os espanhóis vão comparecer às urnas e o risco de uma paralisia política continua alto.
O avanço da extrema-direita e a persistente crise na Catalunha são alguns dos fatos importantes que estão em jogo na política espanhola.
Em fevereiro, oito meses após assumir o cargo de presidente, Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol, teve que adiantar as eleições gerais do país, que ocorreriam em 2020, por não conseguir a aprovação da proposta de orçamento do governo para este ano no Congresso.
Agora, Sanchez luta para se manter no cargo em uma eleição que incentivou a autonomia da região da Catalunha e a guinada da ultradireita no país. Sánchez assumiu o governo espanhol depois da destituição do então primeiro-ministro Mariano Rajoy, do Partido Popular, envolvido em escândalos de corrupção, em junho de 2018.
Embora as pesquisas apontem a vitória do atual líder, o Partido Socialista não terá maioria para governar sozinho.
A instabilidade começou nas eleições de dezembro de 2015, que marcaram o fim do bipartidarismo, com a entrada na disputa do Podemos e do Cidadãos, que levaram ao bloqueio político.
Entre os outros candidatos à disputa espanhola, Santiago Abascal, chefe do partido de extrema direita Vox, tem ganhado destaque com discurso ultranacionalista, anti-imigração e antifeminista. O discurso de Abascal tem repercutido nas redes sociais e conquistando espaço.
Pablo Casado, de 38 anos, tornou-se o líder mais jovem do Partido Popular. Responsável pela comunicação da sigla com o ex-primeiro-ministro Mariano Rajoy, o político conseguiu uma reviravolta no PP e selou um acordo com o Cidadãos e com a extrema direita do Vox para conquistar um reduto socialista.
O ex-professor de Ciência Política, Pablo Iglesias, do Podemos, busca uma nova vitória, depois de se tornar a terceira força do país em 2015 e de contribuir para o fim do bipartidarismo junto com o Cidadãos.
Albert Rivera, candidato do Cidadãos, de centro-direita, defende a unidade da Espanha frente aos separatistas catalães, assim como um programa bastante liberal. O candidato quer vencer o confronto entre esquerda e direita.
*Informações da repórter Marcela Rahal
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