Espanhol autor de massacre na década de 70 e condenado a 193 anos de prisão é preso em SP

  • Por Jovem Pan
  • 10/12/2018 07h40 - Atualizado em 10/12/2018 08h15
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Newton Menezes/Estadão Conteúdo Coletiva sobre a prisão do espanhol Carlos García Juliá, condenado a 193 anos de prisão

A Polícia Federal prendeu, em São Paulo, o espanhol Carlos Garcia Juliá, condenado a 193 anos de prisão por um atentado em Madri. O caso aconteceu em 1977, quando ele e outros comparsas atacaram um escritório de advocacia na capital espanhola, no episódio que ficou conhecido como “O massacre de Atocha”.

Juliá era anticomunista e pertencia a um movimento de ultradireita. Condenado pelo assassinato de cinco pessoas, ele cumpriu apenas 14 anos da pena e fugiu da Espanha em 1991 quando conseguiu uma permissão para trabalhar no exterior.

A porta-voz da Polícia Nacional espanhola, María Fernández, afirmou que ele passou pela Argentina, Venezuela e Bolívia, antes de chegar ao Brasil: “ele esteve em diferentes países da América do Sul, era muito difícil determinar as identidades que utilizava porque empregava fortes medidas de segurança e conhecia bem Venezuela, Brasil e Argentina, e pegava voos para se ocultar nesses países”.

Em São Paulo, virou Genaro Antônio Materan Flores, graças a uma identidade falsa venezuelana. De acordo com as investigações, ele trabalhava como motorista em aplicativos de transporte com um carro que está em nome da esposa brasileira.

O governo da Espanha tem 90 dias para formalizar com o Supremo Tribunal Federal o pedido de extradição.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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