Especialistas cobram ações de empresas para a proteção de dados pessoais no Brasil
A Lei Geral de Proteção de Dados, que aguarda sanção do presidente Michel Temer, é importante, mas não suficiente para a segurança das informações pessoais da população brasileira. Aprovado em 10 de julho no Senado, o projeto de lei da Câmara número 53, de 2018, altera o Marco Civil da Internet, criando um novo regramento para o uso de dados pessoais no país.
Durante o Fórum Mitos e Fatos sobre Segurança Digital, promovido pela Jovem Pan na última segunda-feira (30), especialistas apontaram que apesar da legislação, as empresas precisam estar o tempo inteiro atualizando os sistemas, no mesmo ritmo em que hackers atuam para roubar informações.
Daniel Marchetti, diretor de prevenção à fraude da MasterCard, apontou os problemas enfrentados pelas grandes empresas. Para ele, a lei é importante, mas é preciso discutir sobre a determinação de responsabilidades.
O líder de soluções de segurança da IBM na América Latina, José Antunes, apontou que as empresas precisam se adaptar. Ele destacou ainda que o brasileiro não tem costume de analisar de que forma os dados pessoais estão sendo usados pelas companhias.
Porém, para Vanessa Fonseca, executiva de estratégia da Accenture Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados deve ajudar na participação do cidadão na fiscalização. Ela reforçou que o medo da repercussão negativa deve fazer com que as empresas se organizem melhor para evitar vazamento de informações pessoais.
A Lei Geral de Proteção de Dados ainda precisa da sanção presidencial. A expectativa é que Michel Temer dê um parecer até o dia 14 de agosto. Se aprovado, o projeto ainda passará por um período de adaptação de 18 meses.
*Informações do repórter Matheus Meirelles
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