Especialistas temem piora na economia do Brasil após aproximação de Lula e Maduro

Petista disse, durante coletiva de imprensa, que apoia a entrada da Venezuela no Brics

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2023 12h46
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Brasília (DF), 29/05/2023 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto. Presidente Lula recebe o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto

O Brasil teve décima melhor taxa de crescimento do G20 durante a pandemia. No entanto, especialistas temem que a economia do país seja prejudicada após a aproximação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o presidente venezuelano Nicolás Maduro. Nos últimos três anos, a Venezuela registrou 24% de queda no Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo assim, durante visita do venezuelano ao Brasil, o petista afirmou que o país vizinho deveria entrar para o Brics, banco de fomento entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. “Tem várias propostas de outros países que querem entrar no Brics. Nós vamos discutir. Não depende da vontade do Brasil, depende da vontade de todos. Vamos discutir se tiver um pedido oficial. Vão perguntar a minha vontade, e sou favorável”, disse. De acordo com Eduardo Saldanha, especialista em relações internacionais, o estreitamento de laço entre Lula e Maduro prejudica economicamente o Brasil, principalmente diante do convite para que a Venezuela faça parte do Brics. “Temos que entender isso como uma manifestação de como é a política econômica no Brasil. O país tem adotado uma posição mais estatizante. Uma posição mais tolerante a corrupção, uma perspectiva um tanto quanto inclinada a restrição de certas liberdades que outros países não possuem”, explicou. O economista Enrico Cozzolino também considera que essa aproximação do Brasil com Maduro traz reflexos negativos ao país. “É um consenso que a visão internacional, frente a esse fato, é bastante ruim”, acrescentou. O Brasil registrou taxa de crescimento de 4,5% entre 2020 e 2022. Para este ano, o mercado financeiro aposta em crescimento de 1,26% no PIB, segundo Relatório Focus do Banco Central (BC). O Ministério da Fazenda estima alta de 1,9%.

*Com informações do repórter David de Tarso.

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