‘Espero que não seja verdade’, diz Moro sobre possível ligação entre PCC e PT

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2019 06h46 - Atualizado em 07/10/2019 10h27
Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo Tudo começou depois de uma reportagem da TV Record, exibida neste sábado (5), que foi compartilhada pelo presidente

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou pelo Twitter esperar que “não seja verdade” que partidos políticos queiram ajudar organizações criminosas. O posicionamento foi em resposta a uma postagem do presidente Jair Bolsonaro, que questionou se o PCC pagou advogados do PT para derrubar uma portaria de Moro.

Tudo começou depois de uma reportagem da TV Record, exibida neste sábado (5), que foi compartilhada pelo presidente. A emissora afirmou que a polícia e o Ministério Público de São Paulo encontraram no celular de um comparsa de Marcola mensagens que indicam pagamentos feitos a advogados ligados ao PT e a uma ONG do Rio de Janeiro.

O dinheiro teria sido usado para mover ações no Supremo Tribunal Federal e na Organização dos Estados Americanos, a OEA, com o objetivo de derrubar a portaria de Moro que endureceu regras em presídios federais.

O ministro Sergio Moro escreveu: “que organizações criminosas questionem essa política, acho compreensível, faz parte”. Em seguida ele disse: “que alguns partidos políticos queiram ajudar essas organizações, acho mais questionável. Espero que não seja verdade. Talvez devessem ouvir os governadores antes”.

Em nota o Partido dos Trabalhadores afirmou que “Jair Bolsonaro e Sergio Moro estão juntos em mais uma armação contra o PT para desviar o foco de suas notórias ligações com milicianos e outros agentes do crime que este governo protege”.

O PT afirma desconhecer “qualquer suposta relação de advogados que atuam pelo partido com organizações criminosas”.

O partido prossegue afirmando que “cabe às autoridades investigar com seriedade qualquer suspeita neste sentido, sem permitir nem promover vazamentos parciais, irresponsáveis e seletivos que ponham em risco a reputação de terceiros”.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

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