Estações do metrô de São Paulo realizam testes gratuitos de hepatite

Campanha é parceira dos Rotary Clubs com o Ministério da Saúde e o Metrô de São Paulo; segundo as autoridades, mais de 2 milhões de brasileiros são portadores da doença

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2023 09h51
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jcomp - br.freepik.com Seringas, vacinas e remédios contra a hepatite em cima de uma mesa cinza Desde o início da campanha, em 28 de julho, até o último sábado, 15 mil testes foram realizados, com 110 resultados positivos

A estações do Metrô de São Paulo estão realizando testes gratuitos para hepatites virais. O Ministério da Saúde estima que 2 milhões de pessoas tenham hepatite B ou C no Brasil. A ação é uma iniciativa internacional dos Rotary Clubs e do Ministério da Saúde em parceria com o Metrô. Foi na convenção mundial do Rotary, em São Paulo, em 2015, que a campanha “Hepatite Zero” ganhou vida, com a intenção de erradicar a doença e conscientizar a população. O professor doutor Nadir Zacarias, gastroenterologista, governador do Rotary e um dos coordenadores da campanha, classifica a doença como um problema de saúde pública. “A nossa campanha começou lá. Nós chegamos a colocar a campanha no Brasil todo e a fazer 200 mil testes”, relata Zacarias.

Os agentes de saúde vão ficar até o dia 18 de agosto em 12 estações do metrô de São Paulo, para realizar um mutirão de testes da doença. Na linha 1-Azul, os testes acontecem nas estações Sé, Luz, Jabaquara e Portuguesa-Tietê. Na linha 2-Verde, existem postos de testagem nas estações Paraíso, Clínicas e Vila Prudente. Já na linha 3-Vermelha, os testes acontecem nas estações Brás, Corinthians-Itaquera, Palmeiras-Barra Funda e República. Por fim, na linha 15-Prata, testes são aplicados na estação São Mateus. O médico explica que a hepatite é uma doença silenciosa, que pode evoluir para uma cirrose ou câncer. Na maioria dos casos, as pessoas não sentem nada. “(O paciente) Passa a ter urina escura e fraqueza”, diz Zacarias. Muita gente descobre a doença tarde, justamente porque não realiza o exame. Por isso, o doutor chama a atenção para que a população faça os testes. “Essa é uma oportunidade da gente salvar vidas. E não são poucas”, concluiu o doutor.

Desde o início da campanha, em 28 de julho, até o último sábado, 15 mil testes foram realizados, com 110 resultados positivos. Quando isso acontece, as pessoas são encaminhadas à Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital. “Na UBS, ele faz o restante dos exames para ver em que estágio está no ponto de vista de lesão hepática e recebe, gratuitamente, a medicação antiviral. É uma medicação que o indivíduo toma um comprimido por dia por três meses e o resultado é 95% de cura”, explica Zacarias. O compromisso da campanha é realizar 60 mil testes em São Paulo e depois expandir a campanha para todo o Brasil, chegando a 600 mil testes. A ação acontece de segunda à sexta-feira, das 16h às 19h, e aos sábados das 10h às 13h.

*Com informações da repórter Soraya Lauand

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