Estados da região Norte apostam em energias renováveis para atender a população
Produção do óleo de palma recupera equilíbrio de áreas degradadas, emprega cidadãos locais e, consequentemente, evita gastos desnecessários
Estados da região Norte do Brasil apostam em energias renováveis para atender a população. Combustível a partir do óleo de palma é opção sustentável que substituem os mais poluentes na Amazônia. O governador do Pará, Helder Barbalho, destaca a importância da diversificação neste setor: “É muito importante que nós possamos estimular a nossa matriz energética. Temos buscado estimular a energia fotovoltaica, biocombustível a partir da vocação da palma, e estamos iniciando um processo que é a chegada do gás. Com isso, nós estaremos diversificando a matriz energética do Estado, fortalecendo a atividade econômica e fazendo a transição, para reduzir a combustão, para a energia limpa”. O desenvolvimento sustentável assegura energia a baixo custo aos Estado da região, recuperando o equilíbrio de áreas degradadas, empregando cidadãos locais e, consequentemente, evitando gastos desnecessários como a com locomoção de diesel fóssil que é necessária no Sudeste.
O senador do Amapá Davi Alcolumbre fala que é importante investir no segmento. Segundo ele, propriedades de assentamento de reforma agrária serão utilizadas para a expansão. “A gente quer industrializar e fazer em escala, aproveitar essas propriedades para dar uma destinação a essas áreas, que são importantes, que têm um homem do campo vivendo ali, buscando renda, melhorando sua vida. E, com certeza esse projeto que é realizado em alguns Estados há 15 anos pode sim ir para o Amapá, para a gente utilizar essas áreas para fazer essa planta de processamento de biodíesel de palma na Amazônia”, diz. A empresa Brasil BioFuels combustível verde para produção de energia elétrica em comunidades isoladas do Norte. O presidente da empresa, Milton Steagall, diz que entre os principais benefícios está a preservação da floresta. “O que a gente quer é mostrar ao mundo que nós temos uma legislação superpositiva para recuperação de área degradada. A cultura da palma traz segurança jurídica e fundiária para os investidores, dando a certeza que eles investirem na palma não estarão ajudando o desmatamento, mas recuperando área degradada”, afirma.
Agricultores familiares estão ganhando nova perspectiva com a questão, uma vez que os locais vem se transformando em polos geradores de renda. O trabalho segue no modelo verticalizado, começa cultivo da palma, passando por toda a cadeia produtiva. E há ainda um expressivo potencial de crescimento. “A gente tem 400 famílias que aderiram ao programa, e eu já chamo de 400 novos empresários. No ano passado, nós pagamos para essas famílias mais de R$ 30 milhões em receita, dos frutos que ele forneceram à BBF”, diz Steagall.
*Com informações do repórter Daniel Lian
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