‘Estamos preparando o país para diferentes situações’, afirma secretário da Saúde sobre o novo coronavírus
O ministério da Saúde está trabalhando com diferentes cenários para conter o novo coronavírus no país. É o que afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, em entrevista ao Jornal da Manhã nesta terça-feira (3).
A pasta está se movimentando para garantir que, independente das condições, a situação esteja controlada. “Estamos preparando o país para situações diferentes. Estamos nos preparando para todas as condições, seja uma situação localizada, como em São Paulo, ou em caso de uma disseminação maior como no caso do H1N1”, afirma Wanderson.
O ministério de saúde defende que a OMS classifique o surto do novo vírus como uma pandemia. Segundo o secretário, pandemia é o termo técnico adotado para uma situação que ocorre em todos os continentes, como é o caso da propagação do novo vírus. Para ele, a OMS deveria deveria estar transitando seu posicionamento de contenção para mitigação da doença.
“A OMS está focando nos casos leves, achando que pode conter. Achamos que tem que olhar para os casos mais grave, pessoas com mais de 60 anos. Então essa é a questão técnica que estamos argumentando”, afirma Wanderson que acredita que não é possível conter a propagação da doença no mundo, considerada pelo secretário “uma gripe forte que está se espalhando.”
De acordo com Wanderson, o ministério da Saúde está alinhado com o Comitê de Contingenciamento do coronavírus, coordenado pelo infectologista David Uip. A recomendação é que a população continue adotando medidas de prevenção e higiene.
“Não estamos dizendo para não saírem de casa ou usarem máscara, não faz sentido. É óbvio que se as pessoas têm atividades em localidades como Hubei, na China, pedimos para protelar. Se puder adiar, adie. Senão, use as medidas de prevenção”, defende o secretário.
Ainda segundo ele, mais de 80% dos pacientes infectados pelo novo vírus se curam naturalmente. “Não existe medicamento ou vacina. Esse é mais um vírus que fará parte da nossa vigilância e iremos monitorar. As pessoas devem compreender que o Ministério está fazendo tudo possível.”
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