Estudantes e funcionários de escola em Suzano terão que enfrentar os traumas para seguir em frente

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2019 06h37
EFE Para a psicóloga especializada em traumas e terapeuta de famílias e indivíduos, Solange Dair Santana Affonso, a atenção aos sobreviventes precisa ser redobrada

Após o massacre que deixou mortos e feridos em escola de Suzano, no interior de São Paulo, sobreviventes terão que enfrentar os traumas para seguir em frente.

Estudantes e funcionários da escola estadual Raul Brasil viram colegas do dia a dia sendo friamente assassinados. Algumas pessoas estiveram frente a frente com a morte.

Para a psicóloga especializada em traumas e terapeuta de famílias e indivíduos, Solange Dair Santana Affonso, a atenção aos sobreviventes precisa ser redobrada. Segundo ela, o testemunho do ataque pode gerar problemas para o desenvolvimento dos jovens.

Já o psicólogo Tiago Tamborini, especialista em atendimentos de crianças e adolescentes, destacou que dinâmicas coletivas podem ajudar as vítimas a superar os traumas. Ele lembrou da importância de construir rituais, como elaborar desenhos, redações, músicas, que representem a despedida de alguém querido.

Em entrevista a Marcela Rahal, no programa Jovem Pan Agora, o coordenador de pós-graduação em Psicossociologia da Juventude e Políticas Públicas da FESP São Paulo, Sergio Luis Braghini, afirmou que a violência nas escolas reflete o estado da população. Para ele, as escolas precisam de espaços de escuta para identificar possíveis problemas com os alunos.

De acordo com o Censo Escolar de 2017, a instituição estadual Raul Brasil, em Suzano, tem 358 estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, e 693 do ensino médio. No local, também funciona um centro de idiomas, onde sobreviventes conseguiram se esconder e evitar a ação dos agressores.

*Informações do repórter Matheus Meirelles

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