Estudo brasileiro aponta relação entre atividade física e combate ao Alzheimer
A prática de exercícios físicos ajuda a prevenir e, potencialmente, pode até tratar a doença de Alzheimer. A descoberta, divulgada nesta segunda-feira (07), foi realizada por pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Rio de Janeiro em parceria com outras instituições.
A pesquisa foi publicada na revista científica Nature Medicine, uma das mais importantes do mundo. De acordo com o estudo, pacientes afetados pelo Alzheimer apresentam baixos níveis do hormônio irisina no cérebro.
A irisina é produzida naturalmente pelos músculos quando atividades físicas são realizadas. Em testes realizados em camundongos, a reposição dessa substância seja de forma natural, seja injetando o hormônio sintético, foi capaz de reverter a perda de memória.
Um dos autores responsáveis pelo estudo, Sérgio Ferreira, que é professor do Instituto de Biofísica da UFRJ, explicou as conclusões da pesquisa: “mesmo que a irisina ainda demore alguns anos para ser testada em seres humanos as pessoas estejam estimuladas para incluir atividades físicas para prevenir a doença”. O professor também ressaltou que o próximo passo é testar os efeitos da irisina no corpo humano.
O Alzheimer afeta mais de um milhão de pessoas no Brasil e mais de 35 milhões no mundo. Atualmente, a doença neurodegenerativa, que afeta principalmente a memória, não tem cura.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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