Estudo pode mudar teoria de povoamento nas Américas
Uma nova pesquisa realizada pelas universidades de São Paulo, Harvard, nos Estados Unidos, e pelo Instituto alemão Max Planck, pode mudar a teoria de povoamento do continente Americano.
A descoberta divulgada nesta quinta-feira (08) coloca em xeque a teoria de que teria existido duas levas de povoamento na América.
Uma peça chave dessa teoria foi o fóssil de Luzia, com cerca de 11 mil anos, que é considerada a primeira brasileira. Por meio das medidas do crânio de Luzia os cientistas à época entenderam que ele era mais largo do que o dos indígenas e mais parecido com o dos povos africanos.
Na pesquisa divulgada nesta quinta-feira os cientistas analisaram o DNA de nove ossadas humanas da região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, a mesma região onde foi encontrado o crânio de Luzia, no início dos anos de 1970.
Os pesquisadores concluíam que o código genético desse povo é semelhante ao de todos os povos indígenas da América.
Um dos coordenadores do estudo, o professor André Strauss, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, afirmou que a tecnologia para extrair DNA de ossos muito antigos é recente.
O crânio de Luzia, que pertence ao acervo do Museu Nacional no Rio de Janeiro, foi uma das peças atingidas pelo incêndio na instituição em 2 de setembro deste ano.
Dias após o fato, o crânio foi encontrado quase intacto e, agora, a partir da nova pesquisa a reconstituição da face de Luzia deverá sofrer alterações passando a ser mais parecida com os povos indígenas do que com os africanos.
*Informações do repórter Afonso Marangoni
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