EUA ameaçam deportar estudantes que tiverem apenas aulas online, mesmo com visto
A agência de Imigração e Alfândega norte-americana, conhecida como Ice, fez o anúncio na segunda-feira
Estudantes internacionais que vivem nos Estados Unidos e terão aulas 100% virtuais no semestre do outono, que começa entre agosto e setembro, terão que deixar o país ou podem ser expulsos e perder o visto. A agência de Imigração e Alfândega norte-americana, conhecida como Ice, fez o anúncio na segunda-feira. A nova regra afeta estrangeiros que vivem nos Estados Unidos com os vistos F-1 ou M-1.
Estudantes internacionais matriculados em cursos com aulas presenciais podem continuar no país, assim como estrangeiros com o visto F-1 que estejam matriculados em programas que combinam aulas presenciais e online. Mas atenção: esta flexibilidade dos programas híbridos não vale para estrangeiros com visto F-1 que estiverem no país para estudar inglês, nem para estrangeiros com visto M-1.
Neste momento, os estudantes estão em férias. Nos Estados Unidos, a chegada do outono marca o começo do novo ano ano letivo. Praticamente metade do último semestre de aulas foi virtual, por causa da pandemia de Covid-19. E as universidades ainda não sabem se será seguro retomar as aulas presenciais no Outono. Os Estados Unidos já registraram mais de 2,9 milhões de casos de Covid-19, e o número continua subindo.
A Universidade de Harvard já anunciou que as aulas vão continuar à distância no semestre do outono. Já a Universidade de Yale anunciou que deve oferecer opções de cursos híbridos, com uma parte online e outra presencial. Muitas outras instituições de ensino ainda não anunciaram os planos para os próximos meses.
O presidente Donald Trump tem feito pressão para que as escolas e faculdades retomem as aulas presenciais. Na segunda-feira, ele publicou no Twitter a frase “as escolas devem abrir no outono” em caixa alta e com três pontos de exclamação.
Há mais de um milhão de estudantes internacionais nos Estados Unidos, e em 2018 os alunos estrangeiros contribuíram com 44,7 bilhões de dólares para a economia norte-americana, de acordo com o IIE, Instituto de Educação Internacional.
*Com informações da repórter Mariana Janjácomo
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