EUA, França e Grã-Bretanha articulam investida militar na Síria; Rússia reage
O Conselho de Segurança da ONU teve mais uma sessão marcada por impasses nesta terça-feira (10) ao discutir as acusações de que Bashar Al Assad lançou novo ataque químico contra sua própria população.
Nem a proposta da Rússia nem a dos Estados Unidos para verificar o que aconteceu no subúrbio da capital Damasco no último dia 07 foi adiante.
Enquanto as vias diplomáticas parecem dar claros sinais de que não vão levar a lugar algum, Estados Unidos, França e Grã-Bretanha articulam uma investida militar.
Os britânicos parecem os mais comedidos no momento por uma questão política interna.
Por convenção, a primeira-ministra Theresa May não pode mobilizar forças militares sem autorização do parlamento.
Em 2013, o então primeiro-ministro David Cameron tentou autorização de seus pares justamente para retaliar a Síria pela utilização de armas químicas. Foi voto vencido e acabou humilhado na Câmara dos Comuns.
Acontece que Cameron tinha prestígio para sobreviver ao desgaste. May, que não foi eleita diretamente por voto popular e anda enrolada com as negociações do Brexit, pode não ter a mesma sorte.
De qualquer forma, os franceses têm mostrado o ímpeto necessário para apoiar os Estados Unidos. A marinha americana, inclusive, está desfalcada na região neste momento e vai precisar do suporte das embarcações de Emmannuel Macron para levar um bombardeio adiante.
No entanto, o representante da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, fez o seguinte alerta ontem no Conselho de Segurança: se americanos e seus aliados decidirem levar adiante a aventura militar ilegal, eles terão que ser responsabilizados por isso.
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