EUA mantém veto à carne in natura do Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2019 06h56
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Divulgação/Abiec Para retomar as exportações de carne in natura para os Estados Unidos, frigoríficos de bovinos e suínos de seis estados brasileiros -- São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul -- começam a receber na próxima segunda-feira, dia 10 Washington abriu as portas para o produto brasileiro em 2015, após um longo processo de negociações

Os Estados Unidos mantiveram o bloqueio à carne bovina in natura, em vigor há quase três anos. A possibilidade do fim do embargo ganhou força após o encontro entre os presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump.

No último mês de junho uma missão norte-americana veio ao país e inspecionou frigoríficos de seis estados. Mesmo com garantias do Governo brasileiro, as autoridades dos Estados Unidos decidiram manter o veto.

Washington abriu as portas para o produto brasileiro em 2015, após um longo processo de negociações que se arrastou por mais de uma década. Dois anos depois, a operação Carne Fraca foi deflagrada e contribuiu com as desconfianças.

A gota d’água, no entanto, ocorreu dois meses depois com a presença de abscessos em lotes de carne bovina brasileira, causados pela aplicação da vacina contra febre aftosa. A descoberta levou ao embargo das importações do produto pelos norte-americanos.

Na época, outros países também vetaram a carne bovina brasileira, mas somente os Estados Unidos mantiveram o bloqueio.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, vai aos Estados Unidos em duas semanas e deve aproveitar para discutir o assunto com as autoridades norte-americanas.

Por meio de nota, ela disse que “ficou desapontada com a decisão, mas acredita no excelente relacionamento do Brasil com os Estados Unidos para resolver a questão”.

Nesta segunda-feira (4), o Governo anunciou que a China liberou a compra de miúdos de porco de sete frigoríficos de Santa Catarina.

As importações devem movimentar cerca de US$ 2 bilhões apenas em 2020.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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