EUA: Pesquisadores temem aumento nas mortes com relaxamento da quarentena
A Universidade de Washington estima quase 135 mil mortes por causa do coronavírus até o começo de agosto nos Estados Unidos. Há uma semana, essa mesma estimativa era de 74 mil mortes. Entretanto, mais da metade dos estados norte-americanos começaram o processo de reabertura. Por isso, os pesquisadores acreditam que isso vai acabar causando mais mortes, já que as pessoas vão circular mais – e o vírus também.
Mais de 68 mil pessoas já morreram por causa do coronavírus nos Estados Unidos. Os pesquisadores afirmam que o aumento no número de testes, o rastreamento dos contatos de infectados, e as temperaturas mais quentes não vão ser suficientes para impedir a propagação do vírus conforme as pessoas começam a circular mais.
Na segunda-feira (4), o jornal The New York Times publicou uma reportagem dizendo que teve acesso a um documento interno do governo norte-americano mostrando que os Estados Unidos podem chegar a ter mais de 200 mil novos casos de covid-19 e até 3 mil mortes por dia.
De acordo com o jornal, um porta-voz do governo disse que esse não é um documento da Casa Branca, não foi examinado, nem apresentado à força-tarefa de combate ao coronavírus, nem examinado.
Alguns estados que estão relaxando as medidas de distanciamento social foram menos atingidos pela pandemia. Outros ainda estão com os casos subindo, e flexibilizaram as medidas mesmo assim.
Em Nova York, o governador Andrew Cuomo anunciou que algumas regiões do estado, menos afetadas, podem começar a reabertura gradual a partir do dia 15 de maio, se seguirem alguns critérios: as regiões precisam registrar menos de 2 hospitalizações por Covid-19 a cada 100 mil habitantes por dia, e ter pelo menos 30% dos leitos em hospitais disponíveis, além de equipamentos de proteção pessoal em estoque para no mínimo 90 dias.
Na segunda-feira, um grupo de manifestantes foi até o Palácio do Governo de Massachussets para protestar pela reabertura do estado. Os manifestantes carregavam bandeiras dos Estados Unidos e se aglomeraram em frente à sede do governo estadual.
*Com informações da repórter Mariana Janjácomo
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