Europa começa a flexibilizar quarentena após quase dois meses de confinamento
As estatísticas relacionadas a pandemia de coronavírus continuam caindo na Europa em um sinal positivo dos efeitos da quarentena.
Depois de chegar a quase 1,5 mil mortes por dia, a França registrou 135 fatalidades no período de 24 horas segundo os últimos dados divulgados. Na Espanha foram 164 mortes — o menor número desde meados de março.
Na Itália foram 174 mortes, a marca mais baixa dos últimos dois meses. Na Grã Bretanha foram registradas 315 mortes nas últimas 24 horas, uma redução importante — mas, claro, ainda uma estatística dramática.
Diante do arrefecimento de casos, e após quase dois meses em confinamento completo, os europeus vão aos poucos saindo às ruas. Neste final de semana os adultos voltaram a se exercitar nas ruas da Espanha, mas ainda com restrições de horário.
Retomada da Itália
O principal destaque do dia é a flexibilização da quarentena na Itália, depois do país ter enfrentado nove semanas duras de confinamento. Quatro milhões de pessoas — cerca de 72% deles homens — retornam aos canteiros de obras e fábricas que estão liberadas a trabalhar.
Os restaurantes também reabrem para entregas a partir desta segunda. Quer dizer, aqueles que não foram à falência durante a pandemia catastrófica.
Os impactos na economia italiana e até mesmo na saúde mental da população ainda não estão claros, mas as indicações são devastadoras.
Bares e até sorveterias permanecem fechados. O uso do transporte público será desencorajado e todos terão que usar máscaras em espaços públicos internos.
Portugal
Um dos países com as melhores estatísticas da pandemia, Portugal também começou a flexibilizar a quarentena nesta segunda (4). Oficialmente, os portugueses saíram do estado de emergência e entraram no estado de calamidade.
O comércio está sendo parcialmente reaberto, também com restrições de horário e distanciamento. A utilização de máscaras se tornou obrigatória no transporte público e nos espaços comerciais.
O primeiro-ministro António Costa, no entanto, deixou claro que não terá receio em voltar atrás e retomar a quarentena se as contaminações crescerem novamente.
Risco não é menosprezado
Apesar desses movimentos positivos está claro que as populações ao redor do continente ainda estão assustadas. Mesmo com a possibilidade de retomar algum nível de atividade o risco de contaminação ainda existe e não está sendo menosprezado.
Por isso está claro que a vida normal como era antes da pandemia ainda é algo distante — e que a economia não irá se recuperar só com o relaxamento da quarentena.
A jornada contra o coronavírus ainda está nos primeiros estágios — e isso na Europa, onde a crise começou algumas semanas antes do Brasil.
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