Europa recebe com cautela e otimismo notícia de diálogos entre Coreia do Norte e EUA
A notícia de que o governo norte-coreano está disposto a abrir mão de seu arsenal nuclear e negociar para valer com os Estados Unidos foi recebida com um misto de cautela e otimismo aqui na Europa.
Ninguém sabia ao certo qual seria a repercussão da aproximação entre as duas Coreias marcada pelos Jogos Olímpicos de Inverno.
Assim que a competição acabou, uma delegação do Sul fez uma visita histórica e pouco usual a Pyongyang e voltou nesta terça-feira (06) com a informação de que Kim Jong-Un está demonstrando uma boa vontade incomum.
Ele aceita trabalhar pela desnuclearização da península, desde que as negociações diretamente com os Estados Unidos sejam retomadas dando garantias para sobrevivência do regime.
Seria uma notícia muito positiva, considerando que há poucos meses o mundo parecia bem inclinado a um confronto nuclear de proporções incertas.
O problema é o histórico das relações da Coreia do Norte com o Ocidente. Na verdade, nem faz tanto tempo assim, cerca de 20 anos, que o regime fez um movimento semelhante que acabou se mostrando um belo de um golpe no governo americano.
Ontem mesmo Donald Trump – com sua diplomacia das redes sociais – comemorou a intenção norte-coreana, em tom comedido, dizendo que as declarações de Pyongyang podem ser uma falsa esperança, mas que os Estados Unidos estão prontos para seguir duro em qualquer direção.
Os líderes das duas Coreias vão se encontrar no final do mês que vem, algo que não acontecia há cerca de dez anos.
Para Seoul, que corre o risco de ser destruída por um confronto com ou sem armas nucleares, não resta muita alternativa senão patrocinar todos os esforços possíveis para baixar a tensão na região. A ver os resultados.
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