Eventual desconto na conta de luz de templos deverá ser compensado, diz Waldery

  • Por Jovem Pan
  • 15/01/2020 06h51 - Atualizado em 15/01/2020 09h48
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Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas Templo de Salomão A equipe econômica ainda não calculou o impacto que a medida poderia ter

O presidente Jair Bolsonaro disse que ainda não se decidiu sobre um possível subsídio a contas de luz para templos religiosos.

O pedido, feito pela bancada evangélica do Congresso alegando que os cultos são feitos à noite, quando se gasta mais energia elétrica, tem sido avaliado nos últimos dias pelo Ministério de Minas e Energia.

Bolsonaro ainda não deu sinais de quando vai decidir sobre a demanda.

O secretário de política econômica do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, apontou que atualmente a diretriz é de reduzir esse tipo de benefício.

Segundo ele, hoje são gastos R$ 326 bilhões — o equivalente a 4,3% do PIB, com benefícios tributários, financeiros e creditícios. A meta é que esse montante caia para 2% do Produto Interno Bruto em dez anos.

A equipe econômica ainda não calculou o impacto que a medida poderia ter. Waldery apontou que, caso ela se concretize, haverá uma compensação em outro setor.

O secretário de política econômica também comentou a extinção da dedução de gastos com empregados domésticos no Imposto de Renda. Ele lembra que para que ela seja retomada, é necessária a aprovação de uma lei pelo Congresso Nacional.

Porém, a equipe do ministro Paulo Guedes é contra qualquer dedução no Imposto de Renda. O assunto deve ser debatido ao longo do ano na reforma tributária, quando o governo deve defender que todos os tipos de deduções sejam extintos.

No ano passado, cada contribuinte pode compensar até R$ 1,2 mil em gastos com empregado doméstico.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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