Ex-ministros da Educação avaliam os desafios do ensino no pós-pandemia

A melhoria da educação básica e da alfabetização foi apontada como prioridade para o cenário pós-pandemia, assim como a aprovação do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb)

  • Por Jovem Pan
  • 30/06/2020 06h22 - Atualizado em 30/06/2020 08h06
Marcelo Camargo/Agência Brasil Para Ricardo Vélez, a pandemia da Covid-19 trouxe um modelo híbrido de educação que deve continuar a longo prazo

Em meio à polêmica envolvendo o currículo do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, ex-titulares da pasta se reuniram para discutir os rumos do ensino no país. O evento, transmitido ao vivo pelas redes sociais nesta segunda-feira (29), foi organizado pela Comissão Externa de Acompanhamento do Ministério da Educação (MEC) na Câmara dos Deputados.

Segundo o ex-ministro da pasta no governo Bolsonaro, Ricardo Vélez, a pandemia da Covid-19 trouxe um modelo híbrido de educação que deve continuar a longo prazo. Para ele, o desafio agora é dar motivos para os alunos estarem na escola, após o período de quarentena.

Para o ex-ministro no governo Dilma, Renato Janine, o momento pede que o Ministério da Educação assuma um papel em meio à pandemia. Já o ex-ministro da educação no governo Sarney, Hugo Napoleão, completa que a aula presencial não pode ser substituída completamente.

Para os ex-ministros, a melhoria da educação básica e da alfabetização devem ser prioridades do governo no cenário pós-pandemia. Eles ressaltam que, para isso, a aprovação do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) é essencial para evitar o que chamam de catástrofe.

O ex-ministro do governo Lula, Cristovam Buarque, ressalta, porém, que apenas a renovação do Fundeb não é suficiente. Há proposta para que o Fundeb se torne permanente, o que pode ser votado nas próximas semanas.  O prazo para que o fundo não seja extinto é até dezembro deste ano.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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