Ex-moradores de edifício que desabou em SP relatam desespero em parto de jovem

  • Por Jovem Pan
  • 08/06/2018 07h04 - Atualizado em 08/06/2018 10h20
Rovena Rosa/Agência Brasil Desde que o edifício desabou, algumas famílias estão morando em um acampamento formado no centro da cidade

A Polícia pretende ouvir as testemunhas do parto prematuro da jovem desabrigada após incêndio e queda do edifício no centro de São Paulo.

Jackeline Silva Moraes entrou em trabalho de parto no final da tarde de quarta-feira (06), mas o bebê morreu logo após o nascimento.

No instante em que a gestante começou a sentir fortes contrações, acontecia uma festa junina no acampamento.

O pai do bebê, Rafael Alves Ribeiro, pediu ajuda a policiais militares, que acionaram o resgate.

Um médico que estava próximo ao local prestou os primeiros atendimentos, até a chegada do socorro.

A desempregada, que morava no edifício Wilton Paes de Almeida, Keliane Mendes da Costa, relata momentos de desespero.

Há exatamente um mês, a reportagem da Jovem Pan conversou com o pai do bebê, que contou que morava no edifício que desabou. Rafael Alves Ribeiro, que perdeu todos os pertences, disse que estava preocupado com as condições do acampamento em que ele e a mulher estavam vivendo.

O bebê era uma menina e se chamaria Rafaela Vitória. Segundo a Polícia Militar, ela estava em uma posição “sentada”, caracterizando o chamado “parto pélvico”.

O prefeito Bruno Covas confirmou que a gestante havia sido cadastrada para receber auxílio-aluguel. No entanto, o poder público não tem a autorização para obrigar as pessoas a deixarem o acampamento no largo do Paissandu.

Desde que o edifício desabou, algumas famílias estão morando em um acampamento formado no centro da cidade. Elas se recusam a ir para abrigos, enquanto não receberem as primeiras parcelas do auxílio-aluguel prometido pelo estado e até uma definição sobre moradia definitiva.

*Informações da repórter Natacha Mazzaro

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