Ex-presidente da Anvisa defende órgão e diz que argentinos ‘deveriam ter sido deportados’

Gonzalo Vecina Neto afirmou que atuação da entidade cumpria a lei brasileira e foi ‘até muito elegante’

  • Por Jovem Pan
  • 06/09/2021 08h47 - Atualizado em 06/09/2021 10h32
ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO Jogadores da Argentina deixam campo Atletas argentinos Emiliano Martínez, Emiliano Buendía, Lo Celso e Cristian Romero estavam impedidos de jogar

O ex-diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gonzalo Vecina Neto, saiu em defesa da entidade, após agentes paralisaram o jogo de futebol entre Brasil e Argentina neste domingo, 5, para determinar a deportação de quatro atletas argentinos que entraram no país “descumprindo as regras sanitárias, ao supostamente declararem, em formulário oficial da autoridade sanitária brasileira, informações falsas”. Na visão de Vecina, “tudo que que aconteceu foi uma confusão provocada pela Argentina, Conmebol e CBF”, já que os agentes estavam apenas cumprindo as regras. “Eles entraram em campo baseado em uma mentira. O jogo poderia acontecer sem esses quatro jogadores entrarem em campo, quando esses quatro jogadores entraram desrespeitando as ordem da autoridade brasileira, a Anvisa solicitou que a Polícia Federal abrisse caminho para atuação”, afirmou, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

“O que estavam fazendo era cumprir uma determinação legal. Eles [jogadores] deveriam ter sido deportados, não foram deportados, permitiram apenas sair do Brasil, foi até muito elegante”, completou. A confusão deste domingo, que levou a suspensão do duelo entre as equipes, aconteceu porque os atletas argentinos Emiliano Martínez, Emiliano Buendía, Lo Celso e Cristian Romero estavam impedidos de jogar, já que uma portaria do governo brasileiro impõe uma quarentena de 10 dias para pessoas que tiveram passagem por Reino Unido, África do Sul, Irlanda do Norte ou Índia nos últimos 14 dias. Mesmo assim, os jogadores entraram em campo, o que levou à atuação da Anvisa. Para Gonzalo Vecina, não é momento de discutir se a portaria brasileira é eficaz para o enfrentamento à pandemia no Brasil, mas de entender que o país possui uma política pública, que deve ser cumprida. “Não tem cabimento descumprir uma lei”, finalizou.

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