Ex-presidente do BC crê em “pressão adicional” no Congresso após S&P rebaixar nota do País

  • Por Jovem Pan
  • 12/01/2018 09h50
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Reprodução/Youtube Reprodução/Youtube Sobre a antecipação da divulgação da nota, o economista defendeu que isso possa ajudar a colocar “pressão adicional no Congresso” em favor da votação de reformas

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) rebaixou a nota do Brasil para três níveis abaixo do grau de investimento com perspectiva estável. A redução da nota foi divulgada na noite desta quinta-feira (11).

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni afirmou que a divulgação de rebaixamento da nota é um paradoxo já que o ano havia começado com boas notícias. “Tivemos inflação historicamente baixa. Abaixo do piso. Tivemos sinais confirmando que economia está em trajetória de recuperação e de repente surge decisão da S&P. Estamos 3 níveis abaixo do grau de investimento, porque o foco é o ajuste fiscal incompleto e inconsistente que traça uma trajetória insustentável. Crise fiscal é ameaça permanente para evolução da economia brasileira”.

Sobre a antecipação da divulgação da nota, o economista defendeu que isso possa ajudar a colocar “pressão adicional no Congresso” em favor da votação de reformas, como a da Previdência.

Mas ele alertou: “a nota foi um sinal amarelo importante da S&P. Brasil sai da recessão de forma elegante, mas precisa resolver a questão fiscal (…) Retomada neste ano é equilibrada. Sempre tem um efeito negativo, mas nada que mude a trajetória de crescimento deste ano”.

Para ele, o impacto do rebaixamento da nota será localizado e talvez tenha algum efeito de elevação dos spreads brasileiros, além de impacto setorial em empresas com ações negociadas no exterior. Mas o economista ponderou: “acho que é efeito transitório, moderado”.

Confira a entrevista com o ex-presidente do BC Carlos Langoni:

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