Ex-reitor da USP diz que ‘não sabia de nada’ sobre contratações suspeitas

  • Por Jovem Pan
  • 03/10/2019 06h35 - Atualizado em 03/10/2019 11h34
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Marcos Santos/USP Imagens Segundo a CPI, a Universidade de São Paulo tinha uma reserva de R$ 8 bilhões em 2010, e chegou no ano de 2014 com R$ 2,5 bilhões. 

A CPI das Universidades da Assembleia Legislativa (Alesp) acusa o ex-reitor da USP João Grandino Rodas de realizar contratações ilegais de pessoas físicas por valores superiores a R$ 1 milhão. A denúncia ocorreu durante audiência com a presença de Rodas nesta quarta-feira (2).

O ex-reitor esteve à frente da Universidade de 2010 a 2014.

A presidência da Comissão apresentou uma pilha com mais de 500 folhas contendo listas de beneficiados pelos pagamentos.

João Grandino Rodas foi questionado pelo presidente da CPI, deputado Wellington Moura, do PRB, e disse desconhecer as contratações. Moura considera uma irresponsabilidade o ex-reitor não saber responder aos questionamentos.

Além das contratações suspeitas na gestão Rodas, a CPI ainda apura um aumento significativo de gastos com salários. Segundo os deputados, 105% do orçamento foi gasto em folha de pagamento e boa parte dos reajustes e novas contratações não teriam sido aprovados pelo conselho universitário.

João Grandino Rodas assumiu que utilizou reservas previdenciárias da universidade para pagar despesas com pessoal.

Segundo a CPI, a Universidade de São Paulo tinha uma reserva de R$ 8 bilhões em 2010, e chegou no ano de 2014 com R$ 2,5 bilhões.

De acordo com o ex-reitor, a USP previa receita maior com a elevação na arrecadação do ICMS, o que não se confirmou.

A entrega do relatório final da CPI das universidades da Alesp deve acontecer no dia 16 de outubro.

*Com informações da repórter Victoria Abel

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