Ex-secretária nacional de Cidadania nega ter sido demitida por críticas ao Governo
A ex-secretária nacional de Cidadania disse que a saída dela do cargo não tem a ver com críticas que ela fez ao Governo.
A exoneração de Flávia Piovesan do Ministério dos Direitos Humanos foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União. Professora de Direito e procuradora do Estado de São Paulo, ela ocupava o cargo desde maio do ano passado.
Recentemente, ela havia criticado a mudança nas regras de combate ao trabalho escravo promovida pelo Governo. Ela classificou a alteração como uma ofensa à constituição, mas disse que não foi por isso que teve que sair do posto.
Flávia Piovesan afirmou que a exoneração já estava acertada para que ela assumisse um cargo na Organização dos Estados Americanos: “em razão da minha eleição, eu apresentei proposta à ministra da minha permanência no cargo até dia 31 de outubro. Para regularizar minha situação para transição adequada na medida que assumo dia 1º de janeiro na OEA”.
A ex-secretária reconheceu, no entanto, que travou embates com outras áreas do Governo ao longo da gestão. Ela afirmou que esses atritos são da natureza da pasta: “esses embates ocorrem agora, já ocorreram no passado em outras dimensões na questão da Lista Suja, a pasta de direitos humanos é por excelência pasta que tem que ter vocalização de respeito, de resguardo”.
Flávia Piovesan foi eleita para a comissão da OEA em junho para um mandato de quatro anos. O órgão monitora a situação e cumprimento dos preceitos de direitos humanos em trinta e quatro países do continente.
*Informações do repórter Tiago Muniz
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.