Exemplos de superação, atletas do handebol fazem planos para o pós-pandemia
Bryan Monte, de 17 anos, conta que sua avó Jane, já falecida, chegou a vender doces para ajudar na mudança do atleta para São Paulo
Na vida do carioca Bryan Monte, o amor pelo esporte começou cedo, aos dez anos de idade. De lá pra cá foram muitas realizações. “Desde que eu fui fazer a aula experimental do handebol eu já me identifiquei muito e não só pelo handebol, mas pelas pessoas que me acolheram. Eu viajei para fora do país, a primeira foi para Suécia, depois, Itália e para Argentina.”
Já para Luara Bastos, de 18 anos, o incentivo ao esporte veio de dentro de casa. Filha de ex-jogadores de handebol, a atleta conta com brilho nos olhos que não pensou duas vezes para sair de Avaré, no interior de São Paulo, para investir na carreira na capital. “Eu já fui para o basquete, vôlei, tentei futsal, mas não levo jeito não, atletismo e eu fiquei no handebol, que é a paixão desde pequenininha.”
Entre um passe e outro, Bryan e a Luara conquistaram viagens e títulos, mas o passe mais importante foi receber o apoio da família e dos treinadores. Hoje, eles treinam para alcançar títulos mundiais. Ambos de origem humilde, eles viram no esporte a chance para mudar de vida. Atualmente, a dupla faz parte do seleto time juvenil de handebol, do Esporte Clube de Pinheiros, com sede em São Paulo. Mas para chegar até aqui, o caminho não foi fácil. Aos 17 anos, Bryan conta que a avó Jane, já falecida, chegou a vender doces para juntar dinheiro para que o atleta pudesse viajar para São Paulo em 2017.
Apesar de serem de cidades diferentes, os jovens tiveram uma coisa em comum, ambos receberam bolsas de estudos para não abrirem mão do esporte. A treinadora Carla Antonucci é uma das principais responsáveis pela carreira da dupla. “É importante porque eles precisam continuar o desenvolvimento como pessoas, como adolescentes, tendo a parte educacional, de estudos, que é muito importante para a formação, em locais que tenham a estrutura para isso. Então, tanto o clube quanto o colégio, sendo parceiros, propicia que eles conseguiam se desenvolver e já se formarem como atletas.”
Donos de uma trajetória promissora, Bryan e Luara fazem planos para o futuro pós-pandemia. “A minha meta agora é evoluir muito, terminar a escola, evoluir o que eu tenho para evoluir para eu poder alcançar o objetivo de jogar na Europa”, conta o jovem. “É treinar bastante, quero terminar minha faculdade de educação física. Esse ano deu muito problema, então ano que vem quero muito chegar na seleção júnior, conseguir ir para as olimpíadas representando o Brasil e chegar na Europa”, diz Luara.
*Com informações da repórter Hanna Beltrão
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