Expansão do etanol derivado da cana-de-açúcar pode ajudar na diminuição do aquecimento global
Expansão da cana-de-açúcar no Brasil pode reduzir emissão global de gás carbônico. A conclusão é do estudo publicado na “Nature Climate Change”. A pesquisa, que teve participação de estudiosos da Universidade de Illinois e da USP, explica que a medida pode ajudar na meta de diminuição do aquecimento global.
O professor e coordenador do Instituto de Ciência e Tecnologia do Bioetanol da USP, Marcos Buquerigue, disse que a prática ajuda não só o Brasil, mas o mundo: “a expansão do cultivo de cana pode ajudar também o mundo. Se expandirmos o plantio e a produção de etanol, inclusive o de segunda geração, o impacto seria de diminuição nas emissões de gas carbônico globais”.
O professor lembrou ainda que o Brasil foi um dos 195 países que firmaram o acordo climático de Paris, em dezembro de 2015.
O país se comprometeu em dois pontos: cuidar da Amazônia e aumentar a produção de etanol.
A pesquisadora de pós-doutorado da Universidade de Illinois, Amanda de Souza, explicou que o estudo conclui que o Brasil é sim capaz de expandir a produção de etanol, derivado da cana-de-açúcar: “a principal conclusão é que o Brasil é capaz de expandir a cana-de-açúcar e produzir mais etanol. Mas para isso são necessários incentivos dentro da pesquisa. O potencial existe”.
Os pesquisadores lembram que o Brasil pode ser uma peça importante no incentivo ao combate do aquecimento global. Mas tudo depende, de uma ação coordenada entre o governo, cientistas e dos setores da cana-de-açúcar.
*Informações da repórter Natacha Mazzaro
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