Exportação de alimentos para China não foi afetada por coronavírus, diz ABIA

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2020 06h31 - Atualizado em 19/02/2020 06h32
Tânia Rêgo/Agência Brasil Tânia Rêgo/Agência Brasil A China é o país que mais compra alimentos industrializados do Brasil

Apesar de queda ao redor do mundo, a indústria brasileira de alimentos continua com crescimento das exportações para a China em meio a crise do coronavírus. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), que representa o setor, a epidemia da doença não afetou o comércio para o país asiático por enquanto.

A China é o país que mais compra alimentos industrializados do Brasil. Só no ano passado, foram mais de US$ 5 bi em exportações, um aumento de mais de US$ 2 bi na comparação com 2018. Essa expansão aconteceu principalmente pelo aumento da demanda por carne suína após os rebanhos chineses serem atingidos pela Peste Suína Africana.

O presidente executivo da ABIA, João Dornellas, diz que o surto de coronavírus vivido pelo país tem favorecido o aumento de exportações brasileiras em 2020. Segundo ele, foram as vendas do mercado interno, que subiram 6,2%, as principais responsáveis pelo faturamento da indústria brasileira de alimentos e bebidas no ano passado. “Industria é o principal setor econômico do Brasil. A industria faturou no ano passado R$ 699,9 bi, faltou um pouquinho pra R$ 700 bi, e isso corresponde a quase 10% do PIB brasileiro. Grande parte desse consumo é interno, o Brasil continua sendo um mercado interno muito pujante, e também a exportação. O Brasil exporta produtos industrializados, alimentícios, para mais de 180 países.”

Apesar da boa relação com a China, as exportações do Brasil registraram queda de 2,3% em 2019. Para impulsionar o crescimento em 2020, a ABIA aposta na retomada da economia brasileira com a aprovação de reformas como a tributária e administrativa.

De acordo com a associação, se o PIB brasileiro crescer conforme as estimativas do governo federal, as vendas reais da indústria de alimentos podem subir entre 2,5% e 3,5%.

* Com informações da repórter Beatriz Manfredini.

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